segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Frente a frente, na boa.

-Vamos começar do começo? – disse ela, como quem exige uma posição.
-Vamos.
- Então vamos. Comece.
- Por que eu?
- Por que não você?
- Ah...
- Qual o seu problema?
- Eu não tenho nenhum problema.
- Calada! Qual é o seu problema?
- Já disse, não tenho nenhum problema. Não sei porquê...
- Eu sei qual é, mas eu quero que você diga.
- Não viaja.
- Gostou daquele corpo?
- Aquele corpo – com a voz risonha – gostei.
- Por que???
- Por que ele é legal, eu acho.
- Afe, como você é broxante. Legal?
- Que que tem?
- Ah, sei lá. Gato, pegável, usável... Filho da puta, sexy... LEGAL?
- Ah, ele é super bonzinho, ah, inteligente, mó carinhoso.
- Afe, eu também seria... Se quisesse o seu corpo, claro.
- E o que VOCÊ acha?
- Ah, dá pra perder uns dois minutos, no máximo.
- Dois minutos?
- LEGAL?
- Fria!
- Trouxa!
- Trouxa? – Revoltada.
- Fria? – Sarcástica.
- Você entendeu!
- Você também! ... Babaca.
- Qual é o SEU problema?
- VOCÊ! Uai, quem ou o que mais seria? - rindo-se – Você é tão frágil que me irrita!
- Frágil?
- Ah, vai me dizer que é muito forte, senhorita “tenho medo de mim, quem sou eu?” ?
- Para!
- “To fugindo, para!”
- Para, Noah!
- Cresça, Steh!