sábado, 29 de maio de 2010

Damit du keine Ängste mehr kennst...

Noah me disse que eu sou fraca demais pra expor o que eu sinto de maneira coerente... Disse-me que eu só sei agredir as pessoas, nos seus pontos de conflito, porque eu espero que o conflito delas resolva os meus próprios. Noah sempre pontual no que pensa, sempre tão exata e cruel, que me deixa atordoada de modo bem peculiar. Sempre tão objetiva quanto às pessoas, visão tão clara, tão límpida... Às vezes ela acha que pode ler todo mundo, mas em geral, tem certeza. Noah me encanta porque não teme, porque é comedida, ponderada, muito embora agressiva com o que lhe faz mal.
Noah nasceu para o conflito, para o embate. Noah nasceu em esparta!
Ela também me disse que eu teria que me virar pra atualizar o Blog, que estava cheia de resolver tudo por mim, que queria um pouco do meu sangue também... do meu sangue... Noah quer minha alma para si, ainda não está satisfeita... Noah quer tudo, Noah me dá tudo o que quer por minha alma, e eu reluto de tanto medo de ser engolida por ela e não saber mais ser incoerente, e não saber mais ser fraca, e não saber mais ser hesitante, de não saber mais agredir... De não saber mais o sentido dessa auto-preservação. Noah não aprendeu esse tipo de auto-preservação ainda, e também não quer... Talvez ela esteja certa.
Ela me atentou para que minha auto-preservação não me tem mantido consciente, tem me mantido iludida, esperançosa. Noah não gosta da esperança... acha que esperança é um modo bobo de se perder tempo com o que não depende de você. Noah me disse tantas coisas hoje, e eu só soube pedir colo à ela... Ela é boa, me repreende como se repreende a um filho, me conforta, como se conforta a uma filha, e sente compaixão como se sente de si mesmo.

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